domingo, 8 de julho de 2012

Esperança



A possibilidade de ficar só me apavora
A vantagem de não me entregar me aprisiona
O medo de ser o que sou me consome
A coragem que me acompanhava agora anda desprendida de mim
Tudo aquilo que construí do meu ser acaba de desmoronar sobre mim e não tenho como me proteger
 Vi também que tudo que a mim foi dado ou por mim foi construído, não me pertence, mas sim a outra pessoa que é totalmente diferente de mim
Também vi que a esperança por ser a ultima que morre ainda arranha as paredes do poço, mas seus gritos e suas suplicas não são ouvidas nem sentidas, simplesmente não surtem mais nenhum efeitos sobre mim.
Gustavo Neres
04/04/2007

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