sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Sabrina



Então ela saiu, deixou pra trás todas as incertezas e antigos amores que o passado fazia questão de guardar e o presente tentava de todas as formas esquecer, alguns desses tentavam até perturbar o futuro, porém sem sucesso...
Para ela o amor tinha sido uma experiência prazerosa e passageira, de alguns dias e de varias noites, nada que aconteceu foi por acaso, sempre tinha um olhar, um cheiro, um toque diferente e com isso ela percebeu que não estava perdida no mundo e suas escolhas não eram a sorte, por algumas vezes ela misturava decência com álcool ou paixão com lagrimas, mas nunca misturou correntes com o amor...
As amarras que a prendiam tinham outras formas, o desejo, o proibido, o perigoso isso a prendia mais do que qualquer corda ou corrente amarrada nos pés, na verdade ela percebeu que não tinha pés e que por toda vida flutuo, por isso era tão diferente, por isso não se apaixonava, por isso não conseguia terminar o seu suco ... não tinha outra parte da sua laranja e pra ser sincera nem ela sabia se era laranja ou não, mas também do que importava, os sabores das coisas foram criados com as experiências que ela teve e não com o que ela ouvia das pessoas.

Com um sorriso no rosto ela nunca foi de ser uma só, sempre teve planos, loucuras e escolhas que por ventura poderiam ser mal feitas, mas que na verdade sempre a levavam para algum lugar, nem que fosse a uma cama de um motel barato, pra ela não importava o luxo das paredes e sim o prazer, o suor e o gozo que os dois corpos poderiam proporcionar-se...

2 comentários:

  1. Correntes e amor não combinam mesmo, amar é dar seu melhor sem esperar ou cobrar algo em troca por que sendo multou o amor será naturalmente trocas, trocas de atenção, amor, companheirismo, respeito, e compreensão. Sabrina parece tentar viver a vida amando, porque mesmo sem correntes, flutuando e sem luxos ela parece amar, do seu jeito, mas ama, se entrega e dessa maneira é feliz. Lindo poema!!!!!! Parabéns!!!!

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  2. Obrigado, Roberta, por contribuir com a sua interpretação do poema.

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