Ela tão bela ao olhar o mar, procura
respostas que a imensidão de aguas talvez não possa refletir
Parece que tudo aquilo que ela tinha
construído foi colocado à prova de uma forma muito diferente e brusca
Talvez ela ainda não estivesse
preparada para saber ou ouvir as coisas que ouviu, quem sabe ainda não soubesse
entender tudo aquilo
Para ela era tudo tão novo, tão
anormal, talvez as coisas não pudessem acontecer daquela forma estranha
Porém, os tempos mudaram, agora são
outras regras, outras formas de ter, sentir, amar
Talvez ela não estivesse preparada
para tamanha mudança, talvez o mar pudesse ajuda-la com as escolhas que por
ventura pudesse ter feito
Não sabemos ao certo qual a resposta
dada pela sereia a essa mudança repentina, esse jeito novo de ter e não ter, de
atiçar e controlar o desejo
Não sabemos ao certo se o mar a ajudou
a esclarecer as coisas que por algum tempo perturbaram a calmaria que era a sua
vida
Com o tempo a sereia acabou percebendo
que o sentimento virou uma droga que a envolvia cada vez mais nesse jogo
perigoso e que as palavras soavam como um desejo bom que ela por ventura
julgava ter posse
Dessa vez ao olhar o mar ela entendeu
que nada é por acaso, sentiu de uma forma diferente a brisa que outrora não
sabia que existia, percebeu que antes de chegar ao mar tinha uma grande parte
de areia e assim sentiu a firmeza que a areia a proporcionava, por fim viu o
sol e esse clareou todas as ideias que tinha com relação a tudo que poderia
enfrentar
Ao olhar pra trás ela percebeu que nem
tudo que passou foi ruim, e que agora poderia seguir o caminho que quisesse sem
importar-se com os desafios, incertezas ou qualquer outro problema que fizesse
mal ao coração...
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