quarta-feira, 23 de abril de 2014

A sereia



Ela tão bela ao olhar o mar, procura respostas que a imensidão de aguas talvez não possa refletir
Parece que tudo aquilo que ela tinha construído foi colocado à prova de uma forma muito diferente e brusca
Talvez ela ainda não estivesse preparada para saber ou ouvir as coisas que ouviu, quem sabe ainda não soubesse entender tudo aquilo
Para ela era tudo tão novo, tão anormal, talvez as coisas não pudessem acontecer daquela forma estranha
Porém, os tempos mudaram, agora são outras regras, outras formas de ter, sentir, amar
Talvez ela não estivesse preparada para tamanha mudança, talvez o mar pudesse ajuda-la com as escolhas que por ventura pudesse ter feito
Não sabemos ao certo qual a resposta dada pela sereia a essa mudança repentina, esse jeito novo de ter e não ter, de atiçar e controlar o desejo
Não sabemos ao certo se o mar a ajudou a esclarecer as coisas que por algum tempo perturbaram a calmaria que era a sua vida
Com o tempo a sereia acabou percebendo que o sentimento virou uma droga que a envolvia cada vez mais nesse jogo perigoso e que as palavras soavam como um desejo bom que ela por ventura julgava ter posse
Dessa vez ao olhar o mar ela entendeu que nada é por acaso, sentiu de uma forma diferente a brisa que outrora não sabia que existia, percebeu que antes de chegar ao mar tinha uma grande parte de areia e assim sentiu a firmeza que a areia a proporcionava, por fim viu o sol e esse clareou todas as ideias que tinha com relação a tudo que poderia enfrentar
Ao olhar pra trás ela percebeu que nem tudo que passou foi ruim, e que agora poderia seguir o caminho que quisesse sem importar-se com os desafios, incertezas ou qualquer outro problema que fizesse mal ao coração...

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